Resenha: Pollyanna Moça – Eleanor H. Porter
“Minha irmã, Mrs. Carew, leva uma existência extremamente infeliz. Vive a queixar-se da solidão, insatisfeita, descontente de tudo. Só uma pessoa poderá fazê-la encontrar a alegria, levando um raio de sol à penumbra da sua existência. Essa pessoa é Pollyanna.”
Recentemente postei a resenha de um livro que aprecio bastante: Pollyanna. (clique aqui), e claro que eu não poderia deixar de compartilhar a resenha de sua continuação: Pollyanna moça, ambos escritos por Eleanor H. Porter.
SINOPSE:
Nesta continuação do clássico Pollyanna, a encantadora personagem já e uma adorável adolescente. Agora, Pollyanna e surpreendida ao ser enviada para Boston com o intuito de ajudar na recuperação de Ruth Carew, desolada pela perda de seu sobrinho Jamie. A chegada de Pollyanna mudara rapidamente a vida de sua anfitriã e de todos ao redor. O leitor acompanhara neste livro o amadurecimento da criadora do “jogo do contente” por meio de sua preocupação com as pessoas necessitadas e sua dedicação aos amigos e a família. Além disso, Pollyanna também vivera a inesquecível experiência do primeiro amor. Pollyanna Moça foi publicado em 1915 e se tornou um clássico da literatura infanto-juvenil, cativando diferentes gerações de leitores com sua mensagem de otimismo e superação.
Anos atrás eu li este livro e na época não apreciei. Refletindo sobre isso, acredito que foi por culpa de minha alta expectativa e também, os inúmeros problemas de tradução e preparação textual, presentes na 14.ª edição publicada pela Companhia Editora Nacional em 1978. Por este motivo, fiz uma nova leitura e desta vez do exemplar lançado pela editora Pé da Letra e achei que a leitura fluiu melhor.
Referente a narrativa, o livro é dividido em duas partes: na primeira temos a personagem ainda menina, com toda sua graça, doçura e bondade, se recuperando de um acidente e vivendo com o mesmo otimismo do primeiro livro e na segunda, anos se passam e somos apresentados a uma Pollyana moça, mas que não perdeu suas características que tanto nos encantaram no livro anterior.
Nesta obra, a personagem se depara com alguns infortúnios da vida adulta e ainda consegue nos mostrar o quanto é importante mantermos nosso caráter, obstinação e força de vontade perante as dificuldades da vida e não nos deixarmos contagiar pela frieza e egoísmo de algumas pessoas a nossa volta.
“… Creio que é o olhar – aquele seu modo de olhar para todas as pessoas. Logo que entra num bonde, aquilo está como sempre – cheio de homens azedos e mal-encarados, mulheres de cara aborrecida, crianças chorando – e em cinco minutos tudo muda. Os homens criam outra cara, as mulheres é só riso e as crianças esquecem de choramingar.”
Enfim, mais uma vez a autora Eleanor H. Porter apresenta várias lições de vida que ainda cabem em nossa contemporaneidade e de todas a que considerei mais importante, refere-se a felicidade e a crença de que tal sentimento está dentro de nós o tempo todo, assim, cabe a nós encontrá-lo e vivê-lo da melhor forma possível.
Eleanor Hodgman Porter (1868-1920) nasceu na cidadezinha americana de Littleton, em New Hampshire, em uma tradicional família da região. Em 1892, se casou com o homem de negócios John Lyman Porter, e com ele se mudou para o estado de Massachusetts. Em 1907 publicou seu primeiro livro e em 1913 lançou Pollyanna, romance inspirado no dia a dia de sua cidade natal e que figurou entre os títulos mais vendidos nos E.U.A. por vários anos. Dois anos depois, ela lançou Pollyanna Moça que também foi um grande sucesso. Ao longo de sua vida ela escreveu mais de trinta títulos. Faleceu em casa, em Cambridge, Massachusetts.