Resenha: Floresta dos Medos – Emily Carroll
Sobre a HQ:
Pense naquilo que faz seu sangue correr depressa pelas veias. Uma voz sem corpo? Uma visão fantasmagórica? Ou, quem sabe, a possibilidade de viver algo sobrenatural? Aguarde na penumbra e fale baixo. A DarkSide Books convida você para um passeio pela floresta cheia de rostos pálidos e mãos geladas da premiada ilustradora Emily Carroll. Mas tome cuidado: assim como nos contos de fada, nem tudo que habita seus arredores é aquilo que parece ser. De uma coisa nós temos certeza: as cinco histórias de Floresta dos Medos dão frio na espinha. Nelas, a quadrinista canadense ― ganhadora de um prêmio Eisner, um dos mais importantes do universo dos quadrinhos ― explora o medo subjetivo e imagético, composto de sensações estranhas que raramente conseguimos explicar. O texto de Emily Carroll é poderoso e poético, e suas ilustrações, carregadas de tons sombrios e avermelhados. Seu trabalho elegante evoca o etéreo dos contos dos irmãos Grimm, o extraordinário de Neil Gaiman, o gótico de Edgar Allan Poe e, principalmente, o realismo mágico de Angela Carter. E, assim como os grandes mestres, incita o leitor a enfrentar seus próprios medos e fraquezas. Floresta dos Medos é uma compilação de vislumbres, dúvidas e pesadelos. Tudo em suas páginas grita para ficarmos longe, mas, de algum modo assombrosamente delicioso, ficar longe é impossível.
Minha opinião:
Sobre a Autora:
Emily Carroll nasceu em London, Ontario, em junho de 1983. Além de publicar curtas histórias em quadrinhos em seu site, ela colaborou em diversas antologias, incluindo The Witching Hour (Vertigo), Creepy #9 (Dark Horse) e Fairy Tale Comics (First Second). Em 2015, foi a ganhadora do prêmio Eisner na categoria Melhor História Curta. Atualmente ela vive com sua esposa, Kate, e seu enorme gato laranja em Stratford, Ontario.