Resenha: Que o Amor Permaneça entre nós de Rodrigo Araújo

Idianara Lira
“A vida pode ser severa em alguns momentos e resistir pode ser a melhor escolha e é nesse momento de fraqueza que percebemos a importância do amor em nossas vidas. ” (trecho do livro)

Oi gente!

Hoje trago para vocês a resenha do livro Que o Amor Permaneça entre nós do autor parceiro Rodrigo Araújo.

Sobre a obra: De origem francesa, a jovem Hanna se vê forçada a mudar repentinamente de país, ao lado de seus pais, devido aos conflitos napoleônicos que assolaram a França no século XIX. Contudo, o destino reserva mudança nos planos feitos com antecedência e o país mais seguro torna-se Portugal. Muitas surpresas os esperam em Que o Amor Permaneça Entre Nós: a jovem é abandonada pelos pais, que seguem para um destino ignorado. O que Hanna não previa era que, alguns anos depois, a sociedade entraria em colapso e, a partir de então, sua existência estaria correndo sério risco.

Sobre o autor:

Rodrigo Araújo nasceu em 31/03/1990 e está com 27 anos. Bacharel em Administração com especialização em gestão de comunicação. No entanto, deixa o escritório para trás por preferir admirar as belas paisagens de Pernambuco, seu estado de origem, e bebe da cultura única da região. Às vezes, troca palavras por música e tem sede de saber mais a cada dia.


Minha opinião:

Escrito em primeira pessoa, a narrativa se desenrola através do olhar de Hanna. Por não apresentar diálogos, o livro tem ares de um diário. Acho que talvez o autor lançou mão desta perspectiva, para alcançar uma maior intimidade com o leitor e fazer com que este, tenha empatia pela personagem principal que sofre inúmeros percalços em toda a obra, mas mantêm-se firme aos seus conceitos e desejos de vida: encontrar os pais e viver o amor.

São os amores profundos difundidos nas poesias líricas, que me interessam. A realidade é bem dura e não me conformo em aceitar cegamente o que me é imposto. O amor, para mim, é algo sublime, sagrado e não deveria ser tratado com desdém, como objeto de escambo. (trecho do livro)


Acredito que tudo o que acontece em nossas vidas é em decorrência de um objetivo maior. Às vezes é necessário se perder no caminho para poder enxergar os erros que induziram a uma vida um tanto quanto amarga. Nossas escolhas são o motor propulsor de tudo que nos cerca. (trecho do livro)


Em meu meu primeiro contato com o livro, fiquei encantada com a capa! É um belo trabalho e está totalmente inserida no universo que ele aborda. Outro aspecto interessante, é que através da capa e da sinopse, fiquei com a impressão inicialmente, de que o livro seria um romance de época, porém, este não é o foco, pois vemos Hanna passar por tantas perdas, sofrimento e tragédias, que a todo momento eu me perguntava: ” nossa quando é que finalmente essa coitada será feliz?” 

A corrupção, o egoísmo, o desamor e a ganância exacerbada foram a razão para nossa triste situação atual. O fim está próximo devido à ganância humana. (trecho do livro)


Inúmeras reviravoltas ocorrem dentro da narrativa e tantas são, que algumas vezes me perdia durante a leitura e tinha que voltar alguns parágrafos, ou reler alguns trechos. Acompanhar a mente e as atitudes de Hanna, nem sempre é fácil, pois em vários momentos suas idéias fluem tão rápido, que parecem confusas, ela muda de assunto de repente, ou retoma outros que pareciam já estar encerrados. Seus sentimentos também são um pouco ambíguos. Em algumas situações, é como se a enxergássemos através de um caleidoscópio. 

Ao que tudo indica, a história se repete, pois, parece que conheci Alexander em condições semelhantes e isso tem me deixado intrigada. Jean me faz bem e insiste em mostrar que o amor não é um barco que afunda lentamente, mesmo que, no passado, não tenha agido corretamente. (trecho do livro)


Estes aspectos atrapalharam um pouco minha leitura, pois me sentia correndo em meio a um tiroteio de fatos históricos e fictícios e sentimentos conturbados. Não sei se talvez eu que não consegui “entrar” corretamente no universo do livro, mas  infelizmente em algumas passagens, não consegui compreender como alguns fatos ocorreram.

O livro aborda ainda, vários temas intrigantes como as guerras napoleônicas, viagem no tempo, armas biológicas e uma possível extinção do ser humano e das sociedades. 

A modernidade, ao invés de proporcionar uma vida feliz, deixa as pessoas tristes e apáticas. A alegria se perde com o tempo e está intimamente relacionada aos supérfluos status como uma forma de valorização pessoal desmedida. Vale ressaltar que a humanidade ainda carece de evolução e está aprisionada nos velhos hábitos errantes. Nada parece ter mudado ao longo dos séculos. (trecho do livro)


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