Citações do livro: A Biblioteca da Meia- Noite de Matt Haig

Idianara Lira

Durante a leitura do livro A Biblioteca da Meia-Noite de Matt Haig, vários trechos me encantaram tanto, que decidi antes de postar a resenha do livro compartilhar algumas citações com vocês: 

“Mas ela andava meio solitária. E, mesmo tendo estudado filosofia existencial o suficiente para acreditar que a solidão é a parte intrínseca de ser da espécie humana num universo essencialmente sem sentido, foi bom vê-lo ali.” (pág. 15)


“– Entre a vida e a morte, há uma biblioteca – disse ela. – E, dentro dessa biblioteca, as prateleiras não tem fim. Cada livro oferece uma oportunidade de experimentar outra vida que você poderia ter vivido. De ver como as coisas seriam se tivesse feito outras escolhas… Você teria feito algo diferente, se houvesse a chance de desfazer tudo do que se arrepende?” (pág. 41)


“Há vidas em que você toma diferentes decisões. E essas decisões levam a resultados distintos. Se tivesse feito apenas uma coisa de maneira diferente, você teria uma história de vida diferente. E todas existem na Biblioteca da Meia-Noite. Todas são tão reais quanto esta vida.” (pág. 43)


“Bertrand Russel escreveu que ‘Temer o amor é temer a vida, e quem teme a vida já está a meio caminho da morte.’ Talvez aquele fosse seu problema. Talvez ela estivesse simplesmente com medo de viver. Mas Bertrand Russel experimentou mais casamentos e casos amorosos que pratos de comida, então talvez não fosse a pessoa mais indicada para dar conselhos.” (pág. 49)


“Um pessoa é como uma cidade. Não se pode deixar que algumas áreas menos aprazíveis provoquem uma repulsa generalizada pelo todo. Pode ser que haja algumas partes das quais você não goste, umas ruas e uns bairros perigosos, mas as coisas boas fazem o todo valer a pena.” (pág. 61)


“– A vida é estranha – disse ela. – O jeito como a vivemos toda de uma vez. Numa linha reta. Mas esse não é o todo, na verdade. Porque a vida não é feita só das coisas que a gente faz, mas das coisas que a gente não faz também. E cada momento da nossa vida é um tipo de… bifurcação.” (pág. 125)


“Ela havia pensado, em suas horas noturnas e suicidas, que a solidão fosse o problema. Mas isso porque não tinha sido uma solidão de verdade. A mente solitária na cidade movimentada anseia por conexão porque acredita que a conexão humana-humano é o sentido de tudo. Mas em meio à natureza pura (ou o ‘tônico selvagem’, como Thoreau o chamava), a solidão assumia um caráter diferente. Tornava-se, em si mesma, um tipo de conexão. Uma conexão entre si mesma e o mundo. E entre ela e ela mesma.” (pág. 141)


“Quer dizer, as coisas seriam bem mais fáceis se a gente entendesse que não existe um certo modo de viver que nos torne imunes à tristeza. E que a Tristeza é parte intrínseca do tecido da felicidade. Não dá pra ter uma sem a outra. Obviamente, elas vêm em diferentes graus e doses. Mas não há uma vida sequer em que a pessoa possa existir num estado permanente de felicidade absoluta. E imaginar que existe uma vida assim só acrescenta mais infelicidade á nossa vida.” (pág. 193/194)


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