Cruella: uma encantadora anti-heroína!

Assim que vi o trailer de Cruella, foi paixão a primeira vista pelo longa que prometia contar a origem da vilã de 101 Dálmatas. A personagem Cruella De Vil já fizera muito sucesso nas telas, quando nos anos 90 foi interpretada pela atriz Glenn Close, filme que aprecio bastante, porém, após assistir Cruella, confesso que fiquei encantada, surpresa e admirada com a interpretação fabulosa de Emma Stone e sua versão de Cruella. Autenticidade é o adjetivo que melhor descreve sua atuação, pois, a atriz com maestria exibiu as nuances que diferenciam Estella de Cruella, e conduzem o espectador a uma crescente admiração por ambas.

SINOPSE: Ambientado na Londres dos anos 70 em meio à revolução do punk rock, o filme da Disney mostra a história de uma jovem vigarista chamada Estella (Emma Stone). Inteligente, criativa e determinada a fazer um nome para si através de seus designs, ela acaba chamando a atenção da Baronesa Von Hellman (Emma Thompson), uma lenda fashion que é devastadoramente chique e assustadora. Entretanto, o relacionamento delas desencadeia um curso de eventos e revelações que farão com que Estella abrace seu lado rebelde e se torne a Cruella, uma pessoa má, elegante e voltada para a vingança. 

Nos primeiros momentos do filme, acompanhamos a trajetória de Cruella desde seu nascimento, passando pela infância rebelde (onde já se percebe o grande talento que ela possuía para a moda) quando descobrimos que seu nome era Estella, até culminar em sua vida adulta ao lado dos amigos Jasper e Horácio, com os quais cometia pequenos golpes para viver. Em certo momento ela é notada pela fashionista e baronesa Von Hellman, personagem fria, calculista e arrogante que é impecavelmente interpretada por Emma Thompson que rende uma antagonista totalmente a altura do desenvolvimento de Cruella durante o filme.

Assim, sempre que a protagonista e sua inimiga estão contracenando, é um verdadeiro deleite aos olhos, o embate entre as duas personagens é primoroso, provavelmente a ausência de qualquer uma das duas atrizes, teria sido prejudicial para o filme. Entretanto, o mesmo não posso dizer dos personagens coadjuvantes Jarper e Horácio, amigos de Cruella, que apesar de serem muito simpáticos e ajudarem Estella em seus planos como Cruella, pouco acrescentam ao roteiro do filme.

Agora, falar de Cruella e não mencionar a beleza e a arte presente em seus figurinos, cabelo e maquiagem é algo impossível! Tanto ela quanto a baronesa, exibem vestidos fantásticos! Particularmente amei os da Cruella, pois estes fazem referência a estética punk rock da década de 70 e junto com apresentações que fogem do convencional, mostram ao público o grande talento e criatividade para o universo da moda, que ela possui.

Por fim, mas não menos importante mencionar, é a qualidade da trilha sonora. Ela possui uma enorme sintonia com toda a narrativa do filme, através de grandes vozes como por exemplo: Nina Simon, Rolling Stones, Tina Turner, The Clash, Queen, Blondie, David Bowie, entre outros.

Assistir Cruella foi uma experiência encantadora, acredito que pelo fato de que não fiquei buscando referências do filme ou da personagem já apresentados anteriormente, consegui me jogar no universo do filme e me tornei fã desta grande vilã que para mim é uma excelente anti-heroína.