Resenha da série: A Maldição da Residência Hill

Idianara Lira
 
 


“Nenhum organismo vivo é capaz de existir com sanidade sob condições de absoluta realidade. Até cotovias e gafanhotos supostamente sonham. A Residência Hill, desprovida de sanidade, erguia-se sozinha contra os montes, abrigando em si a escuridão. Foi assim durante cem anos, antes de a minha família se mudar, e talvez seja por mais cem.” (trecho da série)

 

Histórias de terror sempre me encantaram, principalmente quando a narrativa se desenrola em torno de um casarão mal-assombrado, que possua inúmeros segredos e mistérios e seja habitado por uma família envolvida em vários dramas pessoais. 


Drama, suspense e terror são características que não faltam na primeira temporada da série A Maldição da Residência Hill, lançada recentemente pela Netflix. A série é uma adaptação em dez episódios, do clássico livro The Haunting of Hill House da autora Shirley Jackson e foi dirigida por Mike Flanagan, que também atuou como roteirista. 

E não se enganem acreditando que o terror da série, baseia-se em sustos forçados e gritos infundados, não é nada disso, nela existe uma onda crescente de suspense e mistério de forma tão impactante, que mesmo assistindo grande parte dos episódios durante a noite (pensa no medo 😁), não consegui largar a residência Hill, enquanto não concluí todos os episódios. 

Sinopse: Shirley, Theo, Nell, Luke e Steven Crain são cinco irmãos que cresceram na mansão Hill, a casa mal-assombrada mais famosa dos Estados Unidos. Agora adultos, eles retornam ao antigo lar e são forçados a confrontar os fantasmas do passado, após o suicídio da irmã mais nova.

Minha opinião:
Confesso que quando li a sinopse, pensei que era mais um enredo clichê e nem um pouco surpreendente, entretanto, ao ver o trailer achei muito interessante e fiquei curiosíssima para assistir a série, pois, percebi que veria o passado e presente das personagens, serem exibidos ao longo de cada episódio. Assim, vemos a infância e a vida adulta de cada um da família Crain, o que nos auxilia a compreender os conflitos internos, sentimentos, traumas, opiniões e o que assombra cada um dos personagens. 

 

É marcante para a vida de todos os familiares, a influência da Mansão Hill e suas aparições sobrenaturais. Apesar de terem vivido por um curto espaço de tempo na mansão, esta foi responsável em mudar para sempre o rumo de suas vidas e em subtrair delas algo extremamente importante e insubstituível, duas vezes. Todos passam por um forte drama familiar que revelam uma verdade indiscutível: medos secretos e problemas mau resolvidos, sempre teremos. Todos erramos e acertamos ao longo de nossa existência, mas amar e ser amado é o que realmente importa o “resto é confete”!

Enfim, por muitas vezes, esqueci que se tratava de uma série de terror. Acompanhar os irmãos em suas jornadas pessoais, depois resolvendo seus conflitos uns com os outros e em seguida, unidos em prol de um objetivo maior, foi tão emocionalmente desgastante, que para mim a série caminhou gradativamente um drama com desfecho muito bem amarrado, onde tudo foi muito bem explicado e sem necessidade de continuação. Se esta ocorrer, torço para que seja feita com a mesma qualidade desta primeira temporada.

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