Resenha: Escola dos Mortos de Karine Vidal

Idianara Lira

E então ele me empurrou do precipício. Meu grito ecoou pelos rochedos, reverberando nas paredes do castelo. A vida não passou diante dos meus olhos, como dizem por aí. A única presença era o medo, enganchando seus dedos gelados sobre meu pescoço, enforcando-me. (trecho do livro Escola dos Mortos)

Oi gente!

Hoje trago para vocês mais uma resenha de uma obra nacional, desta vez é o livro Escola dos Mortos, escrito pela nossa autora parceira Karine Vidal. Ele pode ser comprado em formato e-book através da Amazon (link disponível aqui na lateral do blog), ou exemplar físico pelo site da editora Astral Cultural.
Sobre a obra:

Lara Valente irá morrer. Mas sua história não termina por aqui. Pelo contrário: é aí que ela começa.A jovem carioca será enviada para um misterioso internato na Inglaterra. Mas o lugar esconde um segredo. Lara se deparará com vozes de gente morta em gravadores, assassinatos misteriosos no colégio, meninas mortas que ainda moram nos quartos, e um despertar assustador num caixão.
Tudo isso vai leva-la a descobrir que, por trás da fachada da Escola dos Sotrom, existe uma Escola muito mais perigosa, cheia de segredos, pactos e mortes.
Nessa Escola repleta de ocultismo, Lara será assassinada. Mas sua história ainda não terminou. Ela acordará em um mundo paralelo, um universo glamouroso onde vive a nata dos melhores, escolhidos à dedo pela Morte.
A Escola dos Mortos abriga os que foram assassinados e enviados para lá. Uma sociedade escondida em que existem apenas os melhores, coexistindo em segredo com a escola dos vivos.
Adolescentes mimadas, carros luxuosos, segredos escandalosos, campeonatos, corridas e caçadas.
Lara irá se apaixonar por um homem perigoso. Luka Ivanovick, com seus olhos negros, hostis e arrogantes – repletos de ocultismo e falta de respostas. Através dele, Lara descobrirá a cruel história por trás de sua morte.
Paixão, mistério e um jogo de sedução escuro e apimentado irão acontecer entre o mundo real e o misterioso mundo noturno da Escola – até Lara descobrir que, dentro dos caixões, os mortos daquele lugar nunca dormem.

Narrado em primeira pessoa, vemos a narrativa através dos olhos de Lara Valente que é a personagem principal, ela me conquistou logo do inicio, por ter o nome da filha que um dia quem sabe ainda terei e pelo seu jeito desenvolto de ver e andar pelo mundo. Apaixonada pelo Rio de janeiro, ela verá sua vida mudar totalmente quando recebe uma enorme herança de seu avó paterno, o qual nunca conheceu, uma vez que seu pai abandonara Lara, sua irmã Ana e sua mãe fazia muitos anos.

Entretanto para receber tal herança, ela terá que cumprir a seguinte condição: estudar durante um ano em um colégio interno na Inglaterra, chamado de Escola Sotrom. Lara então decide ir, e ao chegar lá percebe que a escola era um tanto diferente dos padrões de um ambiente estudantil comum, regras como não poder sair do dormitório a noite, não sorrir e não chamar atenção para si, faziam parte da rotina da escola, sem contar dos alunos e professores todos bem estranhos. Além disso tudo parecia esconder algo muito perigoso, vozes rondavam os ambientes e sem falar dos inúmeros alunos que morriam e seus pais só eram informados no final do ano.

Assim, após Lara ser assassinada já em seu primeiro dia na escola, descobrimos que estes alunos que morriam, iam para outra escola, a chamada Escola dos Mortos. Achei bem interessante notar que o nome Sotrom se lido ao contrário forma a palavra Mortos, e assim como seus nomes, a duas escolas coexistiam de forma bem organizada no mesmo espaço, como uma espécie de realidade paralela, onde os alunos vivos e mortos nunca se encontravam. E as diferenças não param por ai.

Enquanto na Sotrom, os alunos eram insípidos, na dos mortos todo mundo é dotado de grande beleza, glamourosos e encantadores. Assim nossa personagem morta-viva, logo se interessa por um aluno russo muito enigmático, provocante e sedutor: Luka Ivanovick, a atração entre ambos é arrebatadora, porém o casal parece sempre estar soltando faíscas e rusgas, criando desta forma, um relacionamento tão conflituoso que os tornam bem interessantes de se acompanhar. Mas não é só no romance de Lara e Luka que a obra é pautada, temos amizade, aventuras, fantasia, suspense, mistério, enfim inúmeras características que tornam a obra bem interessante.

Para mim a palavra que melhor define a obra é a criatividade. Karine Vidal mostrou-se bem versátil em sua escrita e na narrativa da obra, mesmo apesar de alguns momentos achar que a personagem principal divagava demais (como faz qualquer adolescente, eu mesma era um pouco assim kkkkkk), como se estivesse perdida em seus sentimentos e pensamentos, tais ocasiões não conseguem ser enfadonhas, mas as vezes eu tinha vontade de dizer para Lara “vai logo” ou “faz logo” 😀!

Enquanto imergia no livro, me vi recordando de vários universos como por exemplo: A Noiva Cadáver do filme dirigido por Tim Burton, a série Os Diários do Vampiro, os filmes da franquia Crepúsculo, entre outros. Não sei bem se a autora bebeu nestas fontes, mas provavelmente quem gostou destes universos e o público jovem, apreciarão bastante o livro Escola dos Mortos.

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