Resenha: Hotel Norwood – Peculiar Editora

Idianara Lira

 

“Abriu os olhos, sua garganta estava fechada pelo medo, em cima dela tinha um homem de cabelos longos e olhos insanos. Tentou gritar, mas as palavras estavam presas como se ele a estivesse estrangulando mesmo sem tocá-la. “ (pág. 87 – trecho do conto Lua de Mel Sangrenta de J. C. Willians)

A antologia Hotel Norwood, publicada recentemente pela Peculiar Editora , reflete novamente o comprometimento da editora em organizar e lançar livros que possuem além de uma bela qualidade gráfica, diversidade textual.

SINOPSE:

Você se hospedaria num hotel que carrega a fama de mal-assombrado?

No auge dos anos cinquenta o Hotel Norwood foi conhecido pelas suas luxuosas suítes e seu requisitado restaurante, até que algo aconteceu.

Muitos anos se passaram e o lugar agora ganhou uma nova oportunidade. Mas será que tudo o que aconteceu ficou no passado?

Seu check-in foi realizado com sucesso e a chave do quarto está em sua mão. Bem-vindo ao Hotel Norwood e espero que tenha uma boa estadia!

Fiquei apaixonada por esta sinopse e confesso que me arrependi de não ter escrito um conto, na expectativa de ser selecionada para esta antologia. Como admiradora de ficção de suspense, terror e sobrenatural, fiquei muito empolgada quando recebi o livro .

Entretanto, apesar de gostar dos contos, senti falta de histórias com mais horror, violência, suspense e sangue. Queria sentir uma certa tensão enquanto lia a noite ou ficar amedrontada com as sombras do meu quarto, mas isso não ocorreu. Talvez em tenha colocado muita expectativa e isso atrapalhou um pouco minha avaliação e os sentimentos que a obra me despertou.

Fato é que em outras antologias de mesmo gênero da editora (Floresta Negra e Máculas de Salem, por exemplo), me vi assombrada pelos contos e acredito que inconscientemente era este resultado que eu almejava alcançar com esta leitura. Sentimentos a parte, a obra não deixa de ser interessante e apresentar textos variados ligados ao tema proposto pela antologia, o que me chamou bastante atenção e apreciei bastante, foi o poema Hotel Norwood escrito por Indy Sales e que abre a antologia:

” Atreva-se a entrar
Neste sombrio lugar,
Se horror é que o deseja ver:
Espiritos dos mortos a te rondar
E sangue pelas paredes a escorrer…” (pág. 11)

Autores participantes:
Rafael Porfirio, Indy Sales, Lua Olliveira, Paloma Garcia, Allan Azevedo, NB. Brun, Gisele Wommer, Denise Lopes Trindade, J. C. Willians e Pedro Prado.

ESCREVA UM COMENTÁRIO

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Post Anterior Próximo Post