Resenha: Licões inesperadas sobre o amor – Lucy Dillon
“Você não pode se casar se tem dúvidas, só deve prometer o futuro a uma pessoa se você não consegue conceber sua vida sem ela. – Ele lhe deu um beijo na cabeça. – A honestidade é sempre o melhor caminho.” (pág. 18)
Aprecio bastante os livros da coleção Romances de Hoje da editora Arqueiro então, sempre que lançam um livro novo, compro sem pensar duas vezes, entretanto, a obra Lições Inesperadas sobre o amor da autora Lucy Dillon, foi uma leitura inesperadamente tediosa…
SINOPSE:
Jeannie sempre sonhou com uma grande paixão, e agora finalmente está vivendo um romance avassalador com Dan, um jovem veterinário. Depois de menos de um ano de namoro, ele a pede em casamento durante um fim de semana romântico em Nova York.Os meses de noivado voam e de repente ela se vê no carro a caminho do casamento. Tudo parece perfeito e mágico demais para ser verdade. Mas ela não consegue afastar do peito a sensação sufocante de que está tomando a decisão errada.
Jeannie tem uma última chance de voltar atrás. Porém, quando decide agarrá-la, um golpe do destino joga tudo o que ela conhece pelos ares.
Com o futuro parecendo incerto e sombrio, Jeannie mergulha uma jornada de autodescoberta e constata que, para amar totalmente outra pessoa, primeiro precisamos aprender a ouvir nossos próprios desejos e necessidades.
Os livros que compõem a coleção Romances de Hoje da editora Arqueiro, são focados em mulheres contemporâneas que lidam com problemas do cotidianos e buscam conquistar seu espaço através de uma jornada de autoconhecimento. São histórias inspiradoras, muitas vezes de superação e empoderamento, mas sempre com leveza e muito humor o que torna a leitura prazerosa e muitas vezes divertida.
Com tudo isso em mente, abri Lições Inesperadas sobre o amor, com a expectativa de que em suas páginas eu conseguiria me afastar do mundo externo e me refugiar na trajetória da protagonista (efeito que acredito ser o resultado final, almejado por todo leitor) porém, apesar do enredo parecer interessante como visto na sinopse, a narrativa com exceção do prólogo, não me prendeu. Praticamente me arrastei página por página. Passei dias sem me dedicar a leitura, tamanha falta de curiosidade que a história me despertou.
A protagonista Jeannie que inicialmente se mostra firme em suas decisões, independente do que as outras pessoas esperam dela, vai tornando-se a sombra daquilo que a personagem constrói no prólogo e passa a se importar totalmente com a opinião dos que estão a sua volta, mesmo que isso signifique o detrimento de sua felicidade. Eu não esperava encontrar uma personagem totalmente egocêntrica mas, existem decisões em nossas vidas que deveriam caber apenas a nós mesmos, como no caso de Jeannie decidir se casaria ou não com Dan, o noivo visto por todos a sua volta como praticamente o noivo e futuro marido perfeito.
Como não sou adepta de dar spoilers em minhas resenhas, existem mais detalhes que me irritaram mas não consigo comentar sem entregar conteúdos importantes do livro. Referente ao final, este não me surpreendeu, pois adivinhei o que aconteceria, praticamente na metade do livro.
Referente aos aspectos positivos, confesso que gostei de acompanhar os personagens secundários como por exemplo Rachel (esposa do chefe de Dan) e proprietária da casa em que Jeannie mora e Owen (amigo e padrinho de casamento de Dan). Ambos se tornam primordiais na rotina de Jeaanie que passa por grandes mudanças, após um grave acidente envolvendo Dan no dia do casamento.
Enfim, não sei se foram minhas expectativas, mas infelizmente não foi um livro marcante como outros que já li da coleção Romances de Hoje.
LUCY DILLON foi criada em Cúmbria, um condado do norte da Inglaterra. Leu vários livros na Universidade de Cambridge, depois um monte de revistas como assessora de imprensa em Londres, e aí leu os manuscritos de outras pessoas como editora de ficção.
Atualmente mora em um vilarejo nos arredores de Hereford com o marido e os dois cachorros, um Border terrier e um Otterhound.
Seus livros 100 pedaços de mim e Lost Dogs and Lonely Hearts foram premiados pela Associação de Romancistas Românticos (RNA) como melhores do ano em 2015 e 2010.