Resenha: Pollyanna – Eleanor H. Porter

Idianara Lira

“Em tudo há sempre uma coisa capaz de deixar a gente alegre; a questão é descobri-la.” (Trecho do livro)

Recentemente decidi reler Pollyanna para ver quais sensações e sentimentos me traria após tantos anos e percebi que ainda a considero uma leitura terna e bela que me encanta assim como o fez quando eu ainda era uma menina.

SINOPSE:
A pequena cidade e Beldingsville, no interior dos Estados Unidos, nunca mais seria a mesma depois da chegada de Pollyanna, uma garotinha órfã de 11 anos que ficou aos cuidados da tia rica, a irritadiça e intransigente senhora Polly Harrington. Com sua extraordinária visão do mundo, a encantadora menina conquista os habitantes da cidadezinha e ensina a todos o seu incrível “jogo do contente”, um jogo de transformar vidas e modificar destinos. Publicada como livro em 1913, a história da alegre e corajosa menina se tornou um clássico da literatura infanto juvenil e vem cativando diferente gerações de leitores com sua poderosa mensagem de otimismo e superação das dificuldades. É impossível não se encantar com Pollyanna. um exemplo inesquecível de amor, amizade e de como ver sempre o lado bom a vida.

O livro Pollyanna é como uma lufada de ar fresco em um ambiente abafado, é a luz que adentra pela janela e ilumina toda a casa, é o otimismo, a bondade, a doçura e inconfundivelmente o amor, personificado nas atitudes e palavras da doce personagem que dá nome a obra.  Através dela e de seu “Jogo do Contente” é possível obter vários ensinamentos que evocam a importância de valorizarmos o que temos e o que somos.

“Em tudo há sempre uma coisa capaz de deixar a gente alegre; a questão é descobri-la.”

“A influência de um belo caráter é contagiosa, e pode revolucionar uma vida inteira… ”

“Ela, que levara cinquenta tristes anos de vida a desejar o que não podia ter, não tivera tempo de apreciar as próprias qualidades.”

“Seja grato. Seja bondoso. Seja corajoso.”

Em várias passagens me surpreendi meneando a cabeça positivamente e sorrindo ao ler as soluções encontradas por Pollyanna para que os outros conseguissem alcançar o tão famoso contentamento. Maravilhoso também é notar a educação e o respeito com que ela trata todas as pessoas, independente de qualquer circunstância, demonstrando insistência em ser gentil até quando não queriam lhe dar atenção e desta forma, ela conseguia transformar a vida de muitas pessoas.

Pollyanna assim como a própria obra menciona, é uma dose de tônico que todos deveríamos tomar para termos ânimo e abrir os olhos ante a beleza que existe em nós e no mundo. Eu, por exemplo, já passei por vários momentos bem desanimadores em minha vida e após reler o livro e refletir sobre estas situações, percebi que talvez dei a elas proporções maiores do que mereciam.

Enfim, acredito que até aqueles leitores que talvez não se sentiram acolhidos pelo livro, provavelmente sentirão ao menos curiosidade para testar praticar o jogo do contente.

Eleanor Hodgman Porter (1868-1920) nasceu na cidadezinha americana de Littleton, em New Hampshire, em uma tradicional família da região. Em 1892, se casou com o homem de negócios John Lyman Porter, e com ele se mudou para o estado de Massachusetts. Em 1907 publicou seu primeiro livro e em 1913 lançou Pollyanna, romance inspirado no dia a dia de sua cidade natal e que figurou entre os títulos mais vendidos nos E.U.A. por vários anos. Dois anos depois, ela lançou Pollyanna Moça que também foi um grande sucesso. Ao longo de sua vida ela escreveu mais de trinta títulos. Faleceu em casa, em Cambridge, Massachusetts.

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