Segunda Poética: Desagua – Mari Duarte

Idianara Lira

Oi gente! Hoje encerramos três meses de homenagens ao livro Expresso Poético. Um projeto muito especial da Peculiar Editora e que contou com a colaboração imprescindível de 25 talentosos autores para ser concluído e publicado. Espero que tenham gostado de nossa jornada poética! 

Desagua

Desagua!
Como a chuva que cai lá fora.
Deixa que tuas lágrimas caiam para limpar a dor que te aflora.
Desagua!
Cura a tua insegurança.
Deixa que a gota d’água seja a lembrança..
.. dos medos de viver o agora.
Desagua – de chorar
de amar
de cantar
de gritar
de brincar
de raiva
de medo
Em segredo!
Deixa tuas águas rolarem, como rios que correm sem nunca repetir as águas.
Deixa que corram.
Que se misturem.
Circulem.
Secando ao amanhecer do sol.
Deixa.
Desagua.
Limpa.
Como o corpo a movimentar-se no mar.
Que estranho é pensar que dentro do teu corpo há tanta água a rolar.
Como no mundo.
A girar.
A desaguar.
Como a chuva que cai lá fora. Que lave e leve embora os medos que vem atropelar.
Medo de perder.
Chora.
Medo de não amar.
Chora.
Medo de ser abandonada.
Chora.
Medo de errar.
Chora.
Medo de não viver.
Desagua.
E deixa essa água renovar.
Transcender.
Trocar.
Tocar.
Teus pensamentos nas ondas do mar.
Desagua!

(Navarro, Idianara Lira (org.). Expresso Poético. Espirito Santo. Peculiar Editora. 2024. pág. 63 e 64)

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