XX Nós, poetas e amanteso que sabemos do amor?Temos o espanto na retinadiante da morte e da beleza.Somos humanos e frágeismas antes de tudo, sós. Somos inimigos.Inimigos com muralhasde sombra sobre os ombros.E sonhamos. Às vezesdamos as mãos àquelesque estão chorando.(os que nunca choraram por nós) Ah, meus irmãos e…
Hilda Hist
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XVI As coisas não existem. O que existe é a ideia melancólica e suave que fazemos das coisas. A mesa de escrever é feita de amor e de submissão.No entantoninguém a vêcomo eu a vejo.Para os homensé feita de madeirae coberta de tinta.Para mim tambémmas a madeirasomente lhe protege o interior e o interior…
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Naquele momentoo riso acaboue veio o espantoe do meu choroo desentendimentoe das mãos unidasveio o tremor dos dedose da vontade de vidaveio o medo. Naquele momentoveio de ti o silêncioe o pranto de todos os homensbrotou nos teus olhos translúcidose os meus se afastaram dos teuse dos braços compridosveio o…
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V Amargura no diaamargura nas horas,amargura no céudepois da chuva,amargura nas tuas mãos amargura em todos os teus gestos. Só não existe amarguraonde não existe o ser. Estão sendo atropeladosem seus caminhos,os que nada mais têm a encontrar.Os que sentiram amargura de felescorrendo da boca,os que tiveram os lábiosmacerados de…
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Hoje se estivesse viva, a escritora brasileira considerada pela crítica como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX, Hilda de Almeida Prado Hist, ou apenas Hilda Hist completaria 90 anos e para homenageá-la, compartilho com vocês um poema extraído da obra “Da Poesia“: Nós, poetas…