Literatura Brasileira

  • Segunda Poética: O Espelho – Juliana Valentim

    Idianara Lira

      O Espelho Eu sou a imagem que reflete no espelhoE fita-me com olhos profundosEternamente desconfiados de mimÀs vezes, sorri de voltaOu se revolta de cara amarradaMe diz verdades sem medo de nadaAquelas tantas que eu não quero ouvirSou o reflexo que nunca menteMas mudo de cor quando a luz…

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  • Segunda Poética: Imensamente – Juliana Valentim

    Idianara Lira

    Imensamente Todos os dias são alegres e tristesHá sempre alguém que choraHá sempre quem sorriNascemos e morremos sem pedirMas entre os doisQue saibamos:A hora de aceitarA hora de reagirQuando devemos ficarQuando devemos partirTodos os dias são alegres e tristesA nós, cabe vivê-losImensamenteEnquanto estamos aqui. (Juliana Valentim) Título: Palavras que dançam…

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  • Segunda Poética: Pela Manhã – Juliana Valentim

    Idianara Lira

    Pela Manhã Todo mundo deveria poderAcordar com calma pela manhãRespirarSem despencar para as obrigaçõesAntes de despertar em si mesmoTodo mundo deveria poderOuvir a música interna que toca naquele diaAntes de cair no diaEu sei, utopia!A vida nem sempre deixaMas deveria… (Juliana Valentim) Título: Palavras que dançam ao redor do sol|…

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  • Segunda Poética: Tapete – Juliana Valentim

    Idianara Lira

    Tapete Há quem escreva difícilQuem use o verbo rebuscadoQue apesar de tão bonitoNão alcança o coraçãoEu gosto é da rima fácilDaquela que rasga por dentroDepois retorna em remendoE se espalha pelo chãoQue se despe de vaidadeÉ o tapete do mendigoMas também da majestadePalavra bendita do povoQue canta o uníssono coroDa…

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  • Segunda Poética: Lua Adversa – Cecília Meireles

    Idianara Lira

    Lua Adversa Tenho fases, como a luaFases de andar escondida,fases de vir para a rua…Perdição da minha vida!Perdição da vida minha!Tenho fases de ser tua,tenho outras de ser sozinha. Fases que vão e vêm,no secreto calendárioque um astrólogo arbitrárioinventou para meu uso. E roda a melancoliaseu interminável fuso!Não me encontro…

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  • Segunda Poética: Tu tens um medo – Cecília Meireles

    Idianara Lira

    Tu tens um medo Tu tens um medo:Acabar.Não vês que acabas todo o dia.Que morres no amor.Na tristeza.Na dúvida.No desejo.Que te renovas todo o dia.No amor.Na tristeza.Na dúvida.No desejo.Que és sempre outro.Que és sempre o mesmo.Que morrerás por idades imensas.Até não teres medo de morrer. E então serás eterno. (Cecília…

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  • Segunda Poética: Reinvenção – Cecília Meireles

    Idianara Lira

    Reinvenção A vida só é possívelreinventada. Anda o sol pelas campinase passeia a mão douradapelas águas, pelas folhas…Ah! tudo bolhasque vem de fundas piscinasde ilusionismo… — mais nada. Mas a vida, a vida, a vida,a vida só é possívelreinventada. Vem a lua, vem, retiraas algemas dos meus braços.Projeto-me por espaçoscheios…

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  • Segunda Poética: Interlúdio – Cecília Meireles

    Idianara Lira

    Interlúdio As palavras estão muito ditase o mundo muito pensado.Fico ao teu lado. Não me digas que há futuronem passado.Deixa o presente — claro murosem coisas escritas. Deixa o presente. Não fales,Não me expliques o presente,pois é tudo demasiado. Em águas de eternamente,o cometa dos meus malesafunda, desarvorado. Fico ao…

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  • Dia do Amigo: “Recado aos amigos distantes” – Cecília Meireles

    Idianara Lira

    Recado aos amigos distantes Meus companheiros amados,não vos espero nem chamo:porque vou para outros lados.Mas é certo que vos amo. Nem sempre os que estão mais pertofazem melhor companhia.Mesmo com sol encoberto,todos sabem quando é dia. Pelo vosso campo imenso,vou cortando meus atalhos.Por vosso amor é que pensoe me dou…

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  • Resenha: Depois das Supernovas (O Novo Continente) – Pedro Lucas Rodrigues dos Reis

    Idianara Lira

    “Uma coisa eu não podia ignorar, a parte esquisita de toda essa onda de guerras e desse tal “fim” dos tempos, foi o fato de que o ser humano se tocou que não estava tão evoluído assim e, em meio ao caos, decidiu juntar ciência e crenças para tentar encontrar…

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