Segunda Poética: Domesticar para não ser devorado – Lya Luft

Idianara Lira

Domesticar para não ser devorado

Não é preciso consenso
nem arte,
nem beleza ou idade:
a vida é sempre dentro
e agora.
(A vida é minha
para ser ousada.)

A vida pode florescer
numa existência inteira.
Mas tem de ser buscada, tem de ser
conquistada.

(Lya Luft – Perdas & Ganhos – 34.ª edição – 2009 – Editora Record)

LYA LUFT nasceu em 15 de setembro de 1938, em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul. Formou-se em letras anglo-germânicas e com mestrados em Literatura Brasileira e Linguística Aplicada. Autora de diversas grandes obras, recebeu em 2013, o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, com a obra O Tigre na Sombra. Trabalhou desde os 20 anos como tradutora de alemão e inglês, e já converteu para o português obras de autores consagrados, como Virginia WoolfGünter GrassThomas Mann e Doris Lessing, além de ter recebido o prêmio União Latina de melhor tradução técnica e científica em 2001 pela tradução de Lete: Arte e crítica do esquecimento, de Harald Weinrich. Assinou de 2004 até 2021, a coluna Ponto de vista, da revista Veja. Faleceu em casa no dia 30 de dezembro de 2021.

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